Mas e a copa, hein?
"...Mas é preciso ter Gana, é preciso ter graça é preciso ter sonho sempre..."
Ok, Brasil colocou mais uma no bolso, nosso gordinho fofomenal já é o obeso com mais gols marcados em copas do mundo e agora que venha a França.
Foi nesse clima que ontem tive mais uma experiência enriquecedora em minha vida: passar a tarde inteira de um dia útil (?) em meio a massa humana que fechou a Av. Ataulfo de Paiva entre o Big Polis e o Clipper. Buzinas, cornetas, berros de "Brasil", "Ronaldo", "Toma 'caju' mengôô", etc., entremeados pelos estampidos retumbantes dos rojões e "cabeças de nego" que ressoavam a centímetros de nossas cabeças. Alguém em sã consciência perguntaria o que leva um ser humano em estado normal a chamar isso de diversão. Sinceramente não sei a resposta. Talvez ninguém ali soubesse. Talvez por isso mesmo ninguém ali estivesse em sã consciência, nem mesmo eu após as 3 Skol's e 1 Smirnoff Ice (ou será que era Kovak? Pois é, podem me chamar de fraco, hahah). O pretexto de jogo do Brasil sendo levado as últimas conseqüências. Não digo que seja ruim, algumas pessoas estavam aproveitando bastante. Era uma espécie de micareta, sem banda de axé tocando.
Mas sei lá, de repente sou eu que estou naquela fase meio "velho", ou então sou chato mesmo, mas estava agora pensando nisso tudo... Tudo o que se buscava ali era, por algumas horas, esquecer de tudo. Estudos, trabalho, pé na bunda (ops!), o que pudesse ser chamado de preocupação ou responsablidade era deixado de lado, num momento em que tudo parece ser permitido ou aceitável, afinal o Brasil ganhou. Posso estar enganado, sei lá. O que sei é que na hora em que a coisa estava ficando mais animada eu me enchi e fui pra casa assistir ao final de Espanha x França.
Depois eu falo do "drama pessoal" que esta copa pode vir a me causar :)

Um comentário:
Cara, juro que eu também não entendo esse fenômeno dos momentos pós-jogo no Clipper. Mas, como eu costumo dizer, vale como experiência antropólógica.
Beijos
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