Sobre pessoas e nuvens
Quem sou eu?
De que forma responder a essa pergunta? Talvez eu tenha uma resposta diferente a cada dia. Ou então não tenha resposta. Melhor pensar que a resposta seja elaborada a cada dia.
Esse assunto é tão presente, tão próximo que se corre o risco de esquecê-lo ou ignorá-lo. Quem consegue responder rapidamente e com sinceridade tal pergunta? Eu ainda não consigo. Talvez nem venha a conseguir. Mas de repente a própria busca por essa descoberta já contenha a resposta. Ou quem sabe essa questão não seja para ser respondida com palavras...
Estava pensando em tudo isso um dia desses quando me flagrei observando pequenas nuvens no céu, carregadas pelo vento. Pensei, "de repente eu sou como uma dessas nuvens". Essa idéia porém não me agradou. Como posso me comparar a uma nuvem errante, que não sabe para onde vai, que se forma e da mesma forma se dispersa, sem sequer se saber nuvem, desprovida de discernimento ou arbítrio? Certamente eu não seria isso. Outra coisa então me veio a cabeça: sendo nuvem, eu posso sim escolher que vento vai me carregar. Nesse caso, quem irei permitir que me conduza? Uma ventania seca que me dissipe ou uma brisa úmida que faça esta pequena nuvem crescer e a leve onde haja uma terra seca necessitada de chuva?
Optei por esta segunda possibilidade. Sem me angustiar como que terei de fazer. Afinal, não é a nuvem que decide onde ir, mas o Sopro que a leva onde ela deve estar. À nuvem cabe dizer seu sim. Um sim à Verdade.
É bom pensarmos que podemos todos ser essas nuvens. Que bons ventos nos levem.
Um comentário:
"Não importa onde me levas, mas sim que me conduzes".
Recebi esta frase da equipe do Transito, no meu EJC. Ela é muito valiosa para mim. Minha nuvenzinha vive ansiosa por conhecer seu destino... Espero que o Sopro também me molde e me leve sempre para onde devo estar!
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