Coisas que chateiam
Passeio dominical pelas ruas de Ipanema. Pessoas na rua, montes de turistas, cena normal do Rio de Janeiro no mês homônimo. É quando começo a reparar nos lados e vejo a quantidade de pessoas sentadas no chão perto dos prédios ou perambulando entre os passantes pedindo dinheiro. Ando mais um pouquinho e vejo uma pessoa, um ser humano (acho que posso ainda chamar assim) com sua prole em volta atravessando a rua perto da praça N. S. da Paz. Devo confessar, aquilo me gerou revolta. Em pensamento, chamei aquela mulher de fábrica de miséria. Engravida e deixa seus filhos pedindo dinheiro ou vendendo balinha no sinal. Ela deve pensar... "pra que trabalhar, se posso ter filhos?"
Não sei se penso da melhor forma, mas tive quase nojo, não das pessoas em si, mas da situação de miséria fabricada e demagoga que acontece em nossas ruas. Aquelas pessoas, sim acho que 100% das que vemos na rua todos os dias, definitivamente não estão ali por necessidade ou circunstância. Há sim algo muito errado, diria viciado, pois é evidente que estão ali por conveniência. Esta constatação não é nenhuma invenção da pólvora, acho que todo mundo já sabe disso, é visível até pra quem tem 10 graus de miopia, mas hoje foi um dia em que isso me virou o estômago. O que fazer pra mudar isso? a sensação de impotência me incomoda. Onde está o poder público? Não se trata mais de uma questão social, de pessoas que não têm pra onde ir. Passa a ser uma questão moral mesmo. Certamente tem gente tirando proveito dessa situação. E pelo que parece, não há interesse em mudá-la. Já pensei em dezenas de possibilidades de motivos para aquelas pessoas estarem na rua, mas não me sinto a vontade de colocar neste blog, não o criei pra tratar de assuntos pesados.
Acho que, por hora, me resta a esperança de que algo pode mudar. Espero que nossa paciência aguente até lá.
Um comentário:
Realmente esse assunto é polêmico, mas vou dar minha opinião...
Concordo plenamente com o que vc escreveu!
Não consigo ver nenhum bom motivo pra alguém querer mendigar.
Passar fome? Dormir no relento? Ser discriminado? Ver as pessoas tendo nojo de você?
Nesse sentido, somente gente com problemas psiquiátricos estaria nas ruas. Mas não é o que vemos. Atualmente há uma indústria da miséria...
A legislação não permite que se recolha à força ninguém, sequer sob a alegação de vadiagem.
Os pivetes são uma praga pior ainda: nem punidos são, por serem "de menor".
Pra finalizar, penso que a tendência é piorar, já que cada miserável tem em torno de 5 filhos e cada mulher com bom nível social tem no máximo 2...
Stilpen
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