E você, o que vai fazer?

Nem sempre é fácil manter a cabeça no lugar em meio a tudo o que acontece a nossa volta. Planos que não se concretizam, pessoas que falham (muitas vezes nós mesmos), um fim de semana com chuva... Enfim, parece que sempre há motivo para esquecermos o bom humor.

Mas por que será tão fácil estarmos de mal com a vida? Isso é uma coisa que me faz pensar muito. Eu tinha (ou ainda tenho) a péssima mania de deixar que a primeira contrariedade levasse embora a minha felicidade. Coisas bestas, como xingar o buraco na rua no qual você acabou de tropeçar, como se ele fosse o causador de todos os males do mundo. Mas outras vezes me preocupava tanto com os problemas que deixava de reparar no que havia de bom naquele momento. Aquilo que faltava parecia ser mais importante do que o que eu tinha. Uma hora eu me toquei de que eu sempre tinha um motivo do qual reclamar. Era a faculdade que tava difícil, a menina que tinha me dado um fora, as minhas próprias falhas.
Eu percebi que só reclamava.

As coisas começaram a melhorar quando resolvi virar o disco (que expressão obsoleta em tempos de ipod...). A maioria das coisas que eu reclamava por não acontecerem ou darem certo era porque eu não fazia a minha parte. Percebi que a felicidade na verdade é uma escolha. Coisas boas e ruins acontecem na vida, mas, se a gente escolhe a felicidade, então vai procurar a melhor forma de lidar em cada caso. Isso é muito melhor do que ficar sentado chorando a própria sorte. Significa sair da passividade. A felicidade também tem seus dias tristes, mas traz a esperança sempre consigo.

Mal comparando, é parecido com uma frase do personagem do Omar Sharif no filme "Amizade Sem Fronteiras" (não lembro o nome original em francês) em que ele, dando conselhos a um filho adotivo, se não me engano, diz: "Você não pode olhar uma mulher pedindo que ela o ache bonito. Tem que olhar pra ela como quem diz 'ninguém é mais linda do que você'".

Podemos sempre escolher entre reclamar da nossa vida ou mudá-la.

Cada um decide por si...